Poluição Gás CO2

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Como a Alemanha pode ajudar o Brasil a pensar com antecedência o caminho para projetos de emissão zero de carbono?

 

A terra das principais montadoras do mundo pode servir de norte para países mais atrasados nos planos de redução de emissões e eletrificação das frotas.

 

Grandes marcas como BMW, Mercedes-Benz, Audi e Volkswagen têm suas sedes no país europeu. Não é à toa que as legislações impostas pela União Europeia enfrentam as vontades e necessidades da indústria que ajuda a economia a se movimentar.

 

A UE definiu que até 2035 todos os carros produzidos sejam livres de emissão de CO2.

 

Inicialmente, o texto aprovado dizia que todos os veículos deveriam ser elétricos, mas com apoio da Itália, Bulgária e Romênia, a Alemanha conseguiu derrubar o original e manter a fabricação de veículos a combustão, porém aqueles que rodam com combustíveis sintéticos.

 

A alegação das montadoras é que o processo produtivo dos e-combustíveis contribui na descarbonização e já existem marcas com sedes nos países do bloco econômico desenvolvendo a tecnologia.

 

Porém, estudiosos nem sempre concordam com essa argumentação.

 

Estudos citam que a produção dos combustíveis sintéticos ainda é muito cara, limitada e impacta também o uso da água.

 

Isso acontece, pois para obter um litro desse tipo de produto, é preciso cerca de dois litros de água, o que torna o custo final em cerca de 10 euros por litro.

 

Um relatório feito pelo Fraunhofer Institute for Systems and Innovation Research (IS) ainda diz que a disponibilidade é um obstáculo significativo, o que tornará os combustíveis sintéticos escassos em um futuro próximo.

 

A estimativa é que a produção global de eletricidade renovável precisaria que praticamente dobrar em comparação com os níveis atuais para chegar à meta de 10% de hidrogênio verde e sintéticos até 2050.